sábado, 26 de setembro de 2009

O mercado de trabalho dos chip's que substituíram as folhas

Certamente os novos chip’s que substituíram as folhas não trabalham direito. Nem adianta o sindicato autônomo das folhas reclamar maior sorte às secas e quebradiças folhas naturais relegadas ao desemprego, deitadas sob um chão qualquer. Até as novas tecnologias vêm perdendo espaço, os chip’s de folhas não fazem tão bem a fotossíntese como as ultranovas, por isso tomam o mesmo rumo que as velhas folhas. Longe do saudosismo dos imprestáveis aposentados de asilo. Dizem que este é um novo mundo, um novo mercado de trabalho, um novo rearanjo da economia mundial, uma nova forma das árvores se relacionarem com seus tentáculos. Os chip’s se tornaram obsoletos demais, e sua única serventia daqui pra frente será aquela ameaça que o patrão das folhas fazem a suas empregadas: não está vendo lá fora quantas folhas naturais e chip’s artificiais estão procurando um lugar ao sol? Só restará se resignar e voltar ao trabalho de absorver as luzes do sol.

Árvore de asfalto


Aconteceu um certo dia. Andava eu com algumas sementes, deixei-as cair. Plantei uma árvore no asfalto, e ela cresceu. Certo, aconteceu um dia. Como um pardal distraído, deixei cair algumas sementes. Um dia certo, aconteceu. E a planta menina, virou árvore de asfalto.