quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Soumente eu

Tantos sertões vivemos, gostando ou não. Nósdestinos ou nordestinos. Cada qual se janguça a si próprio, se aguça no sentir que chuvisco desiste de precipício no parapeito de nuvem. Se chuva fosse merecimento, não havia reza. Mas às vezes chuva nos falta dentro dos olhos, e sertão dentro de nós. Espero a aridez passar, refazer as cicatrizes, o desgoverno. Ontem, disseram que somente os camelôs da Fifa podem vender-se. Já estou parafraseando outros parágrafos. Meu camelo vai seguir viagem de terra, não pelo deserto, mas por outros sertões. Não desisto de precipitar na frente do parapeito, porque o que me pára soumente eu.

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