sexta-feira, 11 de setembro de 2015

O fio da meia-água

Fui poeta, há dois meses. Fui. Perdi-me. Esta mesma prosa, balanga-beiço, era rimada. Era. Perdeu-se. Parei de sofrer: doutor me contraindique se puder, mas por que não existe índio esquizofrênico? Não faz sentido. Vivemos procurando o fio da meia-água, casebre sem luz. E o senhor, já remediado esteve, assim sem remédio? Faz-de-bobo-não. Eis um feirante de baixo-falante. Salvo o engano, pois eu achei um emprego: desconstrutor. Não-me venha. Sabes muitos bens que alguém precisa fazer o jogo sujo. Restou-me esse, desconstruir, arruinar. Desamarres esta cara de fome, que pra mim é feio. O senhor mais-do-ninguém sabes, a poesia e a medicina não salva ninguém. Nós dois somos espelho-meu, duas faces da mesma moela. Marcamos para daqui a dois meses?

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