Máquinas sem alma. Nem diante de sua vítima são capazes de ter um segundo de consciência daquilo que fazem. Obedientes, não negam ordens de senhores sem chicotes. Seu prazer é servir a qualquer hora, desde que lhes seja dado um pouco de água-ardente. Não se preocupam com o futuro, quando não mais servirem aos senhores de asfalto são simplesmente revendidas ou deixadas ao relento sem nem sub-existência. Que senhor alimenta aquilo que não lhe dá lucro? O tráfico é imenso, substituem-nas com facilidade e provém de grandes reinos de especialidade na sua reprodução. Dizem que os sobas dos seus países de origem são os mais ricos que existem no além-mar. Muitas lendas os trazem como homens tão claros como o leite de vaca, e possuem as mulheres que querem, além dos vários empregados escravos que para eles trabalham. Poucos são os que levantam a bandeira abolicionista, já que a justificativa é convicente: se são selvagens, seu trabalho é para grande obra da civilização de pedra-e-cimento.
sábado, 17 de setembro de 2011
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