sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Igualdade

O ponto em que chegamos, que não é o final, é de só nos igualarmos na morte. Quando o coveiro nos diz, é a hora, e nos vai enterrar, essa é a hora da tão chamada igualdade. É ali, quando somos plantados, quando adubaremos a terra, é que nada da tua insignificante vida vai valer de alguma coisa: inglês, viagens, cabelos, peso, altura, cor, carro, casa, sexo, idade, conta, cartão de crédito... A morte é tão igualitária que nem faz questão de separar bons de maus, assassinos de assassinados, mães de filhos. É nessa exata hora que você se pergunta qual sentido da vida. Mas voltamos a mesma rotina, as mesmas tentativas de nos mostrar superior. Nessa hora que o homo-sapiens vê o quanto perdeu por deixar sua memória tão pequena. Eu sei que isso tudo já foi dito por várias pessoas, mas fica a tentativa desesperada de dizer que não somos nem seremos nada, absolutamente nada, por mais cedro e coroa tivermos. Eu sei que não vai valer de nada isso, inclusive para mim mesmo.

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