Foi pela primeira vez que vi uma estrela cadente. A cadência do riscar o céu me felicitou tanto, que prometi a mim mesmo, sempre que possível lançar a linha para pescá-las em lagoa azul-celeste. O tempo passou, mas minha infância continuou na minha alma, a dizer que na verdade eu era um reciclador de estrelas desprendidas. Todos tentaram me dissuadir: isso era coisa de criança pequena, de travesseiro enfeitiçado, que cria histórias de esperanças. Não são para adultos sisudos, sérios em seus dizeres, ásperos em seu sonhos. Engravatei-me e nunca mais olhei para o céu. Até encontrar a mulher que me fez criança novamente: teríamos que destelhar nossa casa para passar nossas noites adotando estrelas órfãs. Seus pais desfaleceram. Das suas janelas só podem ver a rua.
segunda-feira, 28 de novembro de 2011
Assinar:
Postar comentários (Atom)
2 comentários:
preciso destelhar minha casa. droga! moro em apartamento!
Preciso olhar mais para o céu e quem sabe adotar uma estrela.
Postar um comentário