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A janela
Abriu-se a janela, entretanto, a paisagem era cinza. Cor de concreto, citadina, os meus olhos parecem se camalear. Debruço-me, buscando encontrar outra saída, outras passagem, outras paisagens, mas tudo que vejo é cor de nuvem carregada. Despreocupo, desimporta saber o tom da miragem, ela sempre será algo inalcançável. Me importo sim saber que cheguei até a janela. Foram passos de caramujo, levando sua vida sob os ombros, sabendo mais lento que a estrada. Ainda lembro o iniciar, o gaguejar com os pés, e hoje me encontro aqui, à frente deste muro. Meus olhos se acinzentam, não tem porquê. Logo vem a água que faz-nos renascer.
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