sábado, 5 de julho de 2014

A menina de lágrimas infinitas

Ela pensava apenas astronavegar: as estrelas ninguém consegue tocar, estão protegidas no escuro do céu. Poucos sabiam como ela que azul não é a cor do céu, ele é negro e infinito, como suas lágrimas que se mostram invisíveis, porque também eram infinitas. Foi assim que construiu seu foguete. Se não a levou ao céu, pelo menos ali, fez-se Deus, criando seu universo sem descanso, e as estrelas surgiam dos pequeniños buracos nascidos do envelhecer do metal. Sentenciou-se a única lei: não haveria mais dor, porque não cairia na tentação da serpente que enganou outros tantos deuses. O universo seria só dela, infinito, como foram suas lágrimas.

Nenhum comentário: